Faz uma duas semanas que eu auxiliei na instalação do Acessa Livre na Biblioteca Municipal. Foi pra mim um alívio ver aqueles Win98 dando lugar a máquinas Linux com boot remoto. Afinal, não passava 15 dias sem que algum micro apresentasse algum problema (eram verdadeiras orgias de spywares, vírus e programas instalados sem atualização...) .
Em relação à segurança, praticidade, diminuição drástica da necesssidade de reconfiguração, os ganhos foram enormes, o que se traduziu em menos micros parados, menos chamadas técnicas e menos trabalho pra mim, o técnico oficial do AcessaSP em Avaré. :)
Infelizmente, quando fui apresentado ao projeto, vi que nem tudo seriam flores, principalmente para o usuário final.
Talvez pela pressa em substituir o Windows, ou o hardware fraco das estações, o Linux veio com cara de Win95, com versões desatualizadas dos browsers e do aplicativo de escritório (com todos os problemas de incompatiblidade que isso acaba gerando).
Não consegui executar streaming e é preciso ficar alternando entre o Opera e o Galeon para poder fazer coisas básicas em muitos sites. Web 2.0, então, nem pensar: o site roda todo mutilado e sem graça, isso quando roda.
Até o processo de gravar um arquivo em disquete é mais complicado ("montar"e "desmontar" nada transparente), além de outros pequenos probleminhas.
Trava menos, não pega virus, dá mais privacidade, é gratuito, tudo isso é verdade .... mas ficou muito chato, principalmente ao tipo de público frequentador do Infocentro, acostumados com as lanhouses movidas a XP.
O povo pode até se acostumar, afinal, é de graça, mas sairão de lá com uma impressão negativa do Linux e querendo voltar pros braços da mamãe Microsoft.
Sei, sei, prometeram um AcessaLivre 2.0, mais atualizado e turbinado, mas até lá talvez o estrago já esteja feito.
Como exemplo contrário, cito uma visita recente que fiz a um cliente: depois de trocar a fonte do micro dele (hardwarde de responsa, diga-se de passagem), ele me perguntou sobre linux e eu saquei um CD do Kurumin e em minutos estava demonstrando o "bichinho", com seu belo visual, acessando internet, executando videos e outras coisinhas legais.
Nem preciso dizer que consegui tirar aquela primeira impressão (muito negativa e falsa) que ele tinha do Linux. Se queremos atrair o usuário comum devemos dar ao usuário comum o que o faz feliz. Só assim o SL terá espaço.
Fui!
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