É assim, quase toda noite.
Lá pelas três e tantas, eu tenho um sonho que eu não lembro.
Sonho não, pesadelo.
Nele estou pela rua, apenas procurando. Um canto sossegado, pra escutar o barulho da chuva ou ou, dos passarinhos, o canto.
Mas eles não me deixam. Perseguem-me e aparecem quando eu menos espero.
Achei que os tinha deixado, lá do outro lado, que iriam me deixar em paz, após eu dar nome a cada um deles.
Só que não, eles ressurgem, me incomodam e eu me debato, fritando na cama e incomodando a esposa.
São zumbis, com todas as características peculiares. Eles se arrastam, mas sempre me alcançam. Eles tem fome. E me querem.
Cada um tem uma pequena etiqueta, com cores variadas, que eu mesmo coloquei. Era pra terem ficado lá fora, trancados, longe de mim.
Cada um tem um nome, mas não importa, são todos “Tarefas Pendentes”.
Mais uma noite, eu acordo e me lembro de algum sonho que tive, porém do pesadelo eu não me lembro.
Até que meu corpo descansou, mas meu cérebro parece ter sido abocanhado por um zumbi.
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