sexta-feira, 19 de abril de 2013

Dia 1: o cascalho e a fíbula

Estirado ao chão, sem poder me mexer por causa do pé preso, mas felizmente por só alguns segundos. Sempre aparece alguém pra ajudar e isso me admira, faz ainda acreditar na humanidade.
Estou bem, estou bem (parecia), lavei o ferimento na mão e ainda concluí o que fui fazer, a razão de estar lá,  de tentar estacionar lá.
Tão ruim quanto a dor é a vergonha de todo mundo saber e a raiva de ter sido algo tão idiota, que poderia ser facilmente evitado.
Por isso mesmo segurei a vontade grande de ar check-in no hospital, postar foto do pé inchado e coisas assim. Deu uma necessidade de um pouco de privacidade, sei lá.
Admirado também fiquei com a atenção de um chefe, que me auxiliou desde o momento que soube até me mandar para casa, já medicado e engessado. Tratou um funcionário como um pai cuida de um filho.
Sim, pé engessado (ainda não sei por quanto tempo) e ainda com chance de ter meu salário do mês que vem diminuído por conta da licença. Ê laiá...
Ao menos não terei de encarar a chatice da visita do TCU.




Em casa, assim que chegaram as muletas lembrei do personagem Herschel, da série The Walking Dead, o que me serviu para tomar uma decisão desde já: não ia dar uma de coitado, ia me esforçar e aprender a me virar, dando o mínimo de trabalho aos outros.
E foi no decorrer do final do dia, quando comecei a sentir as dificuldades para fazer coisas banais e como meu dia a dia ia mudar, foi que comecei a entender o porquê...

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