Entretanto, em alguns pontos as eleições de lá deveriam servir de modelo para muitos países, por exemplo:
- O voto é facultativo. Vota quem quer e quem acha que é importante;
- Política lá é como futebol aqui: discute-se em todos os locais, passa-se de pai pra filho, os "torcedores" compram adesivos e camisetas, tudo para apoiar seus candidatos;
- Há interesse e fé na política. Quem vota, o faz conscientemente, analisando os candidatos e suas propostas;
- Consequentemente há maior fiscalização e cobrança dos eleitos;
- Não existe horário eleitoral gratuito;
- Os vices são importantes e têm destaque. Afinal, se algo acontecer com o presidente, eles é que tomarão seus lugares. Por isso é importante que falem, participem de debates e sejam conhecidos também;
- Atores e outras celebridades podem aparecer na mídia apoiando seus candidatos, pois a maioria dos eleitores não vota em "fulano" ou "siclano" só porque "beltrano" famosão está apoiando.
É claro que esse envolvimento na política não os impede de fazer besteiras e os oito anos de Bush são a prova disso. Sinceramente, eu não via o mundo em perigo assim desde a Guerra Fria. Podemos dizer que sobrevivemos ao Bush. Aparentemente aprenderam a lição e eu espero que o mesmo aconteça por essas bandas locais.
Verdade que o brasileiro é muito descrente quando se trata de política, com motivos suficientes, mas apenas dizer "É tudo ladrão mesmo, não faz diferença" e "Seja o que Deus quiser" não muda as coisas. Ou se parte para a revolução (armada) ou ainda se acredita (mesmo que fracamente) nos processos democráticos.
Eu sou um otimista, brasileiro e não desisto nunca.
Em tempo: O que diriam alguns velhos democratas, cujo partido já teve ligações fortes com a Ku Klux Kan, vendo-os eleger o primeiro presidente negro da história do país? As coisas mudam.
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