quarta-feira, 4 de abril de 2007

Uma coisa é achar a resposta. Outra é achar a resposta certa.


Um comentário recente neste blog, que me informava sobre uma falha minha ao citar um conteúdo errado de um site, trouxe à tona um tema que queria expor há algum tempo.
Trata-se da confiabilidade das informações na internet.
É comum ouvir-se dizer:"Ah, acabei de ver na internet" ou "Deu na internet: fulano morreu!" e muitas outras notícias que viram verdade apenas porque apareceram via Web.
Base da propagação de todos os hoax (como são chamados os boatos da internet), essa fé de que o que lemos é verdade, tem levado a muitos enganos, muito maiores e desastrosos do que o meu, citado acima.
É verdade que a internet aumentou em muito a velocidade em que as informações chegam até nós, porém isso também diminuiu o tempo em que a informação é "digerida", analisada para depois ser repassada às massas.
Publica-se primeiro, depois verifica-se se é verdade (alguns nem isso).
Alia-se ao fato que qualquer um pode escrever qualquer coisa (este blog é prova disso, hehe) e não é porque o dono de um site é amante de peixes que a informação que ele escreveu sobre a piracema é correta).
Nesse momento, recorremos aos portais, aos "grandões" da internet, mas mesmo lá não há como garantir que todos os subsites, todas as colunas têm a mesma credibilidade (blogueiros famosos já foram enganados por "patos" (histórias falsas) divulgados na net (o pessoal do Cocadaboa de vez em quando apronta uma dessas).
Até mesmo a Wikipedia tem recebido críticas dos educadores (não por causa dela, mas porque os alunos dão crédito demais às informações que acham lá).
O que fazer então para não se enganar ou, ao menos, diminuir a chance de ficar com a informação errada?
Bem, posso dar algumas dicas:
  • verifique a origem do site: uma coisa é você ler algo em www.estadao.com.br. Outra é ler em www.eusouumreporterlegal.com. Embora o segundo (fictício até o momento) possa conter também informação correta, o primeiro tem toda uma estrutura conhecida, antiga e fora da web. Sites de instituições, jornais, enciclopédias, têm mais chance de conter a informação correta;
  • compare informações: mesmo que o primeiro link dos resultados da pesquisa já traga tudo o que procura, dê uma olhada em outros e compare os resultados. Vale aí o quesito acima tb. Se um "site" tradicional confirmar o que outro disse, mais pontos para o seu primeiro achado;
  • compare com as informações off-line. Embora muitos não tenham mais o hábito, a leitura de periódicos (jornais, revistas) de qualidade serve como base pra checarmos alguma informação;
  • tenha muito cuidado principalmente quando o assunto envolve a sua saúde. Não queria diagnosticar doenças, prescrever tratamentos ou remédios, em si ou nos outros, baseando-se apenas no que leu na internet (mesmo em sites mais confiáveis). Embora a rede nos permita saber muito mais sobre saúde (ou a falta dela), ainda não substitui um médico de verdade.
Use e abuse de todo o conhecimento que a internet possui, mas, usando uma expressões batidas, aprenda a "separar o joio do trigo" pra não levar "gato por lebre".