terça-feira, 17 de abril de 2007

Viagem ao fundo do HD

Fim-de-semana estava transferindo uns arquivos pessoais de um HD externo para meu PC. Eram documentos antigos, remanescentes de um passado remoto.
A cada vez que preciso formatar um HD, trocá-lo ou reinstalar o Sistema Operacinal "do zero", faço uma cópia de tudo que é importante (ou nem tanto) e não tem backup em outras mídias (embora , se é importante, deveria ter) ou mesmo do que tem backup (porque demoraria mais separar) para um outro lugar, normalmente outro HD.
Terminada a tarefa, transfiro tudo de volta para o PC e vou pegando tudo o que utilizo mais e colocando em seus devidos lugares. Mas sempre sobra muito arquivo, aquelas coisas que "são muito antigas, mas é bom guardar" misturadas com outras "a analisar". Como nunca tenho tempo pra isso e quando tenho, não lembro de fazê-lo, acaba sempre ficando uma pasta denominada "HD Antigo" ou algo parecido.
Passa-se o tempo, outra instalação/migração/formatação é necessária, repete-se todo o processo e cria-se outra pasta de nome "micro velho" ou algo do gênero que contém, entre outras coisas, a pasta "HD Antigo" original. E são acontecimentos cíclicos, como as estações ou as eras glaciais.
Normalmente essas pastas ficam em algum ponto obscuro do HD e eu só lembro delas quando alguma pesquisa me remete a elas ou quando vou procurar algo bem velho manualmente.
Adentrar nessas pastas, com sub-níveis intermináveis, é como fazer uma viagem no tempo: reencontro antigos projetos, trabalhos escolares, frases que me marcaram e que salvei para nunca mais esquecer (embora as tenha esquecido e não signifiquem nada mais agora). Textos que, se aplicados, transformariam minha vida, trechos de bate-papos gostosos (ou nem tanto), meu número de ICQ, comentários sobre novidades que hoje já são história...
Encontro também muita redundância: dezenas de backups com praticamente os mesmos dados; várias cópias do mesmo arquivo em vários níveis, com o mesmo conteúdo. Outros, porém, foram se modificando com o tempo, tomando corpo, ficando mais complexos. É como se estivesse vendo a evolução de espécies em paredes fossilizadas!
Em cada era programas dominantes, arquivos importantes, uma descrição do meu modo de ser, de pensar, de agir. Apesar desse gostinho bom de nostalgia, sei que não é bom manter tudo isso, por vários motivos, entre eles:
  • Não devemos nos apegar tanto ao que passou. Isso nos impede de evoluir;
  • Arquivos em demasia apenas ocuparão espaço no HD, demorando mais para se achar o que realmente interessa.
  • Infinidade de arquivos diminui a performance de tudo, inclusive de programas que aumentam a performance (como o desfragmentador).
Por isso que resolvi dar um basta e me livrar de tudo que já não uso mais! Infelizmente, entre o fútil sei que há muita coisa útil, que preciso guardar. Então é preciso separar o joio do trigo. E isso demanda tempo. Tempo que não tenho agora.
É, vai demorar um pouco essa limpeza. E talvez antes eu precise reinstalar o Windows, trocar o HD, comprar um micro novo.....

Nenhum comentário: